terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

"Nunca Vai Acontecer..." Será???

Você já parou para pensar se tivesse tido filhos aos 15 anos??? Nas dificuldades que enfrentaria?! Pois é, eu já e vim falar disso hoje. No post "Irresponsabilidade ou Acidente?"  (http://andressabello.blogspot.com/2011/07/irresponsabilidade-ou-acidente.html), escrito em julho do ano passado, falei sobre o tema, mas dessa vez, farei um pouco diferente. Ainda expondo a minha opinião sobre o assunto, dessa vou apresentar a realidade vivida por uma garota que foi mãe aos 15 anos. Hoje aos 17, Priscila (nome ficticio, para não expor a entrevistada) conta a sua experiência de uma maneira descontraída, mas na época que descobriu que seria mãe aos 15 anos, o clima era de muita tensão. Suspeita de que estaria grávida, Priscila foi até um posto de saúde junto com a mãe de uma amiga e lá teve a cofirmação do que já era esperado: teria um filho aos 15 anos de idade. Sua mãe, que já estava desconfiada da gravidez da filha, descobriu, uma semana após a tentativa de Priscila adiar a noticia, que seria avó. Além de estar grávida ao 15 anos e saber que "pararia" a sua vida durante um tempo, Priscila tinha um problema maior ainda... Assumir seu filho sozinha, já que o pai do bebê resolveu não enfrentar a responsabilidade. O pai, que não conhece o filho de 1 ano e 4 meses, chegou a ir a uma consulta de pré natal, mas depois sumiu. Dizendo sentir-se constrangida com os olhares curiosos das pessoas, relatou que não acredita ter sofrido preconceito por sua situação, mas que se sentia estranha e envorganhada por saber que todos a olhavam de um jeito diferente. "Eu ficava pensando em como aconteceu comigo, a gente nunca imagina que vai acontecer com a gente... Eu ficava me olhando no espelho, via aquele barrigão, mas não acreditava estar grávida." Perguntei sobre os exames de pré-natal e ultrassonagrafia e Priscila disse que acredita ter sido tratada de uma maneira normal pelos médicos e enfermeiras, mas eu particularmente, acredito que esse tratamento "normal" seja pelo fato de terem que lhe dar com esse tipo de situação todos os dias, por isso tamanha naturalidade. Priscila disse que no começo, para ela, os exames foram estranhos, que ela se sentia "desconfortável", mas que depois teve aquela ansiedade de conhecer o filho. Relatou que teve medo do parto, que foi cesariana, mas que se emocionou quando viu o filho pela primeira vez, e que depois de uma estranha sensação, de não acreditar que aquele bebê era seu filho, passou a ter carinho de mãe. Ela afirma que o filho "sabe quem manda", que é bem teimoso, mas que a obedece e a respeita como mãe.  Quando perguntei se achava estar fazendo um bom trabalho na criação do filho, ela respondeu: "A gente sempre acha que podia ser melhor, se preocupar mais... Sou meio criançona, mas tenho maturidade para ser mãe. No começo, ia dar uma bronca nele e começava a rir, mas depois a gente vai ficando mais séria!" Quando questionada se usava algum tipo de prevenção, tive a resposta esperada: "Não tomava pílula anti-concepcional, mas às vezes a gente usava camisinha. Como eu vi que não tinha acontecido nada, fomos fazendo outras vezes sem se preocupar com isso". Aí nos vemos que toda irresponsabilidade tem uma consequência. Mesmo com tudo que aconteceu, Priscila teve apoio total dos pais, ajuda financeira da mãe e agora voltou a estudar. Priscila diz não se arrepender: " Não era o momento certo, mas não me arrependo de ter tido ele, talvez fizesse igual se pudesse voltar no tempo. Ele é meu filho, eu sou mãe dele." Perguntei se ela pudesse dar um recado para as meninas não passarem pelo o que ela passou e para as que estão enfrenatndo a mesma coisa, o que ela diria, e então ela dá o seu recado: "Falar pra usar camisinha é chato, todo mundo diz isso, a gente sabe que precisa, mas acha que não vai acontecer com a gente! Não dá pra viver normalmente quando acontece. Acho que tem que enfrentar a situação e encarar a responsabilidade. Você tem que estar pronta para se olhar no espelho e se achar estranhar, se ver grávida, ouvir a opinião dos outros, como "Agora aprendeu a lição??", ouvi isso uma vez quando estava com meu filho no posto de saúde. As pessoas vão te olhar de um jeito diferente, vão ser curiosas, querem que você confirme. Muitas vezes você tenta ver os pontos positivos, mas não acha, só consegue ver os pontos negativos. Pense que se aconteceu com você, era pra acontecer. Você tem que enfrentar, vai ser difícil, mas você tem que tentar!!". Ter maturidade e encarar as consequências  não é para qualquer um. É ter ciência de que você perderá uma fase importante de sua vida, a adolescência. Enquanto você poderia estar saindo com seus amigos, estará em casa trocando fraldas. É essencial saber que a responsabilidade é sua, não dos outros, não depende de ninguém a não ser você mesma, se prevenir é necessário, não deixe isso apenas como tarefa do outro. Sexo é feito em dois, nada mais justo do que cada um cuidar de si, dessa forma ninguém é prejudicado. Se você está enfrentando a mesma situação que Priscila, tenha força e assuma a sua responsabilidade. E lembre-se: esse filho não pediu pra nascer, dê a ele o direito da vida e não pense em fazer besteiras! Não será fácil, mas você deve enfrentar!

FIQUE LIGADO: Ainda esse mês apresentarei uma enquete sobre este mesmo tema, gravidez na adolescência. Trarei à tona diferentes opiniões e pontos de vista. NÃO PERCA!

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