Você já parou para pensar que hoje em dia, ter um carro "melhor", ser dono de um boteco de esquina e ter sua casa própria virou significado de riqueza? Vim falar de um assunto do qual sai todos os dias no jornal: a violência. Vou explicar meus exemplos para depois dizer o que penso... Quando disse um "carro melhor" quis dizer aquele mais caro, que o dono resolve "investir mais dinheiro" para o seu conforto, etc. O boteco de esquina, não é necessariamente um boteco de esquina, mas representa qualquer comércio, dos camelôs às multinacionais, não importa. A casa própria: o meu exemplo favorito, não importa o quanto você trabalhou, e deu duro para consegui-lá e ajeitá-la do seu jeitinho, eles não estão nem aí! Para quê perder no mínimo doze anos de sua vida estudando, depois fazer faculdade e arranjar um emprego, se invandir a casa de alguém, pegar tudo e ir embora é mais fácil? O nosso país há muito tempo vive e respira a violência, e ninguém faz nada para mudar isso. Não temos mais lugares seguros, o local onde trabalhamos, estudamos e moramos, todos vigiados 24 horas por dia, por aqueles vagubundos, que por comodismo, compreensível, preferem fazer famílias reféns do medo e da insegurança. Nesse momento, são exatamente 20:31, do dia 6 de setembro de 2011, a presidente Dilma Rouseff, está em todos os canais abertos de televisão, dizendo que "Por mérito do nosso povo brasileiro, o nosso país está no rumo certo". Agora me diz que "rumo certo" é esse? Amanhã para quem não sabe é dia 07 de setembro, Dia da Independência do Brasil, que foi conquistada no ano de 1822. Claro que o nosso país evoluiu em muitos aspectos, mas regrediu em muitos outros. Dilma disse nesse pronunciamento que "Nosso país tem muito espaço para crescer ainda", de que adianta crescer sem qualidade?! Temos muitos pontos bons, mas fala sério, dizer por exemplo, que "Somos o país número 1 em distribuição gratuita de medicamentos" é até sacanagem. Se a pessoa não morrer esperando seu medicamento, realmente ela o terá "sem pagar nada". "Vivemos a melhor época do sistema de empregos no Brasil, mas há muitas vagas que não foram preenchidas por falta de mão de obra qualificada", "Ainda precisamos fazer melhorias na qualidade do serviço público: educação, saúde e segurança", nisso tudo eu concordo, mas não adianta só falar, temos que ver a ação. Talvez se ainda fôssemos colônia de Portugal quem sabe pudessemos sair às ruas com segurança. Batalhamos dia a dia para darmos o melhor para nossas famílias, para um vagabundo qualquer entrar em nossa casa e levar tudo embora sem culpa alguma é o cúmulo da falta de respeito. O pior é que se eles cometessem os crimes e depois fossem presos até tudo bem, mas não, vivem livres por aí, como pessoas boas e trabalhadoras. Culpar somente a polícia é fácil, tudo bem que eles não são anjos, mas a culpa maior não é deles. O governo promete triplicar a segurança para os jogos Olímpicos e Copa, por que não fazer isso agora? Não merecemos viver sem medo?! Não podemos mais parar em um farol, andar tarde pelas ruas com nossos amigos e ficar dentro de nossas casas sem sermos ameaçados?!? Tem um trecho da música "Tropa de Elite" do Tihuana que diz "E você nada pra fora, mas a vala te puxa", ou seja, você pode fazer o que for para se proteger, mas se você for um cidadão comum, que não faz parte do Governo nem é milionário, uma hora a violência te alcança, a vala dita na música. Pessoas morrem todos os dias, vítimas da ignorância da maioria do povo. A violência começa dentro de casa, pai espancando filho e filho batendo em pai, depois vai para a escola, ruas e assim por diante. Sem respeito não vamos à lugar algum, e esse já quase não existe mais!
A relação entre crescimento econômico e violência pode ser óbvia, mas não é exatamente simples. Vou pular a parte técnica chata da história e ir direto para o ponto de dizer que:
ResponderExcluir1) o fato que o texto traz está longe de ser uma realidade brasileira generalizada. Aliás, curiosidade: os índices mais baixos de violência são os das áreas mais pobres do país;
2) o que o texto constata é o resultado cumulativo do processo de migração rural que, por n fatores (a parte técnica chata), originou o sentimento de desigualdade e exclusão e o sentimento de impossibilidade de igualdade, fruto das condições díspares e diretamente contrapostas dos grandes centros urbanos (é o mesmo que aconteceu há poucas semanas em Londres, por exemplo);
Essa é a realidade de grandes cidades, aqui no Brasil e fora daqui também, que por sua própria estrutura criam um "apartheid social".
De qualquer forma, vamos ser honestos... "aqueles vagubundos, que por comodismo, compreensível, preferem fazer famílias reféns do medo e da insegurança" ou "para um vagabundo qualquer entrar em nossa casa e levar tudo embora sem culpa alguma é o cúmulo da falta de respeito"... Isso não é aceitável nem em redação do ENEM. Não existe nem notícia, nem dado factual, nem informação. Se algum jornalista soltasse essa na TV ia ser obrigado a se desculpar, iria ser demitido, seria processado etc. Onde está a ética dessa texto? Eu já falo: não está, é completamente anti-ético. Como eu posso querer respeito, se eu não sou ético? Não dá...
E o discurso quase não-laico? Sentimento de culpa? Ahn, oi? É uma discussão sobre a violência e a moral judaico-cristã no Brasil do séxulo XXI? Vão chamar o padre pra opinar também? Não se pode discutir a realidade social por um viés que não seja secular... pelo amor, que ano é hoje? 1.000 da era cristã?
Eu não vi nada de genial no texto, nem sequer de bom senso, nem sequer de conhecimento, só a típica opinião reacionária-lugar-comum a favor da moral, da família e dos bons costumes, onde o "trabalho liberta e dignifica o homem" ( Hitler mandou escrever isso nos portões dos campos de trabalho forçado, só pra constar) e onde ou você é 1) rico, ou 2) médio burguês, ou 3) vagabundo acomodado.
Hello, né, Brazéel?
RESPOSTA DA AUTORA
ResponderExcluirAndre de Carvalho,
1) Caso você não saiba tudo isso foi uma média, nosso país já chegou a 91% de violência, e te explico um motivo óbvio para os índices de violência mais baixos do país serem estados mais pobres, eles não tem o que roubar! E o tempo todo estava falando sobre violência urbana, caso não tenha entendido!
2)Em momento algum fiz relação a migração rural, se você realmente leu o texto deve ter visto isso!
Posso até ter sido sensacionalista dizendo um "vagabundo", mas não anti-ética, poderia ter dito qualquer outro exemplo, como indivíduo, delinqüente e até mesmo 'um cara'. E para mim um 'indivíduo' que entra em sua casa e faz sua família de refém enquanto leva tudo embora, ele realmente, na minha opinião, é um vagabundo!
Para mim, anti-ético é alguém distorcer completamente o que o outro diz, quando quiser fazer uma crítica, tenha você bom senso e, por favor, fundamento!
Outra coisa, acredito ter deixado bem evidente no texto sobre a batalha diária que as pessoas enfrentam e ressaltei isso muitas vezes! Não fiz divisão nenhuma, "ou você é 1) rico, ou 2) médio burguês, ou 3) vagabundo acomodado", me desculpe, mas de onde você tirou isso?? Não mencionei riqueza em momento algum, pelo contrário, deixei claro que para eles não importa o quão duro você trabalhe para conseguir o que necessita. Aliás, para mim, um homem digno é aquele merecedor, que honra o que tem, batalha pelo o que é seu e não aquele que rouba o que os o conseguiram com tanto sacrifício! Creio que aquele que batalha pelo o quer com honestidade, sem trapacear, seja sim, digno!
Sou realmente a favor da moral, da família e bons costumes, agora se você não é, eu que te pergunto, onde está o seu bom senso?!?
Quando escrevo um texto apenas tento expor a minha opinião, e NUNCA tive intenção de ser genial!
Obrigado por sua participação, mas da próxima vez que quiser deixar um comentário seja menos arrogante e faça críticas com fundamento!
Por favor, né?!
Andressa Bello Klein