sábado, 30 de julho de 2011

Irresponsabilidade ou Acidente?

Como disse na última postagem, esse post e o próximo ainda tratarão sobre um assunto que, de uma certa maneira, tem como culpa a ausência da família no processo de educação da criança e do adolescente. Hoje vim falar sobre: sexo e adolescentes, mais especificamente da gravidez na adolescência. Nos dias de hoje, mais do que nunca, as pessoas iniciam sua vida sexual enquanto jovens. Esse assunto, mesmo sendo constrangedor para ambas as partes, deve ser tratado entre pais e filhos. Uma coisa é inevitável, uma hora ou outra a "primeira vez" acontece, a não ser que você decida virar freira, mas isso é só brincadeira. O necessário é os pais estarem atentos, alertarem e aconselharem, mas sem invadir a privacidade dos filhos, coisa que nem todos os pais conseguem fazer. O sexo deve ser tratado de maneira direta, mas sem exposições e constrangimentos, tanto por parte dos pais quanto dos filhos. Uma boa maneira é os pais contarem suas experiências aos filhos, por exemplo, uma gravidez indesejada ou uma doença sexualmente transmissível. Numa pesquisa feita em uma universidade dos Estados Unidos prova que 72% das garotas têm sua primeira relação sexual antes dos 20 anos, ou seja, aquela história de que sexo só depois do casamento não existe mais, ou quase isso. O problema é que mais do que nunca as meninas têm engravidado mais cedo, o que afeta não só a elas, mas aos rapazes e as eventuais famílias. Uma outra pesquisa feita aqui no Brasil, aponta que de 120 adolescentes grávidas, apenas 44% delas usavam algum método contraceptivo. Uma gravidez na adolescência prejudica, e muito, as garotas, mas do qualquer outra pessoa, afinal como na maioria dos casos a família rejeita a gravidez precoce, a jovem corre o risco de procurar abortar, coisa da qual sou totalmente contra a não ser em casos de estupro, mas não é essa a situação, ela muitas vezes foge de casa e larga os estudos.  O que os pais, e os filhos, precisam entender é que, a melhor prevenção, na adolescência, é usar camisinha e tomar pílula anticoncepcional, e que se não utilizados podem gerar futuros problemas como uma gravidez indesejada ou uma DST. A mesma pesquisa feita com as 120 adolescentes grávidas mostra que 21% sofrem de ansiedade e 23% de depressão, e 10% possuem os dois juntos, onde 13% , do total, tentaram o suicídio ao descobrirem da gravidez. Hoje existem diversos meios que abordam o assunto, como por exemplo, novelas, séries, programas e livros. Gosto de um programa chamado "Grávida aos 16 anos", onde a cada episódio é apresentado uma história diferente. O pior é que, na maioria dos casos, a adolescente não recebe apoio da família e é abandonada pelo pai do bebê. Claro que a família nem sempre a culpada na história, afinal "acidentes" acontecem. Conheço uma menina que engravidou aos 15 anos, a primeira vez dela tinha sido com o namorado e eles usavam camisinha, mas ela não tomava anticoncepcional, e aí, aconteceu que ela engravidou. A história dela acabou bem, os pais apoiaram, o namorado e ela assumiram o bebê e sinceramente são pais exemplares, melhores que muitos pais velhos por aí. Mas isso nem sempre acontece, pelo contrário. A família que tem aquele defeito de sempre punir a garota, ela é incompreendida e enfrenta muitos conflitos. A questão é que a maioria das pessoas não enxergam que isso não é só problema da garota, tanto a menina quanto o menino tem as mesmas responsabilidades. Do mesmo jeito que os meninos devem se preocupar com isso, as meninas também. Andar com uma camisinha na carteira ou na bolsa não é crime nenhum, pelo contrário, melhor ter do que não ter. O pior são os pais não enxergarem isso, achar que só porque a filha anda com uma camisinha na bolsa ela é uma vagabunda. Essa aí pelo menos se preocupa com o seu futuro. Acho que é dever sim dos pais alertarem os filhos, e estarem presentes e afim de conversar sobre o assunto, e dever dos adolescentes se previnirem, porque pior do que uma gravidez precoce é uma DST. Já pensou pegar aids aos 16 anos? Não dá, né?! Então vê se cuida!


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mecanismos de Ilusão...

Propositalmente, meu último post foi um "abre-alas" para os próximos 3... Quis primeiro explicar a mudança de instituições que tivemos na sociedade, como o trabalho virar prioridade para as pessoas, deixando a família em "segundo plano". Hoje vim falar de um assunto que envolve famílias de todo o mundo: os jovens e a dependência química. Para que fique mais claro, diferente do que todos pensam "dependência química" não apenas o uso de drogas como maconha, crack, cocaína e todas essa outras coisas. Depedência química também é, mesmo que legalmente, o uso abusivo de alcoól e medicamento, por exemplo, na adolescência meninas que usam medicamentos para emagrecer entre outras coisas... Claro que a família não é o único motivo existente quando tocamos nesse assunto, em muitos casos o jovem tem uma família muito unida, onde todos conversam de igual para igual sobre todos os assuntos, mas tudo vai depender da personalidade do jovem em si.  Como já disse em outros posts, as influências "balançam" as opiniões de todo mundo, mas se você tiver na sua cabeça que você não deve fazer alguma coisa, não há Cristo no mundo que faça você mudar de ideia, eu sou assim e conheço muitas pessoas parecidas nesse quisito. O fato é que, hoje, com os pais ausentes na maior parte do tempo e com o mundo de fácil acesso, não só pela Internet, mas também pelos amigos, qualquer "coisa errada", entra facilmente para dentro da sua casa, e muitas vezes os pais acabam nem percebendo.  O problema é exatamente esse, têm pais que realmente não conseguem ver mudanças no comportamento dos filhos que usam algum tipo de dependência, mas há também aqueles pais que apenas fingem não enxergar o problema dos filhos e esse é o maior medo que a sociedade deveria ter. Temos um caso recente de conhecimento mundial, Amy Winehouse, a cantora que morreu no último final de semana. "Não aprendi muito na escola/Mas sei as respostas não estão no fundo de um copo", esse é apenas um trecho da música mais famosa de Amy, Rehab, onde ela relata a "tentativa" de seu pai a internar, mas em outro trecho, da mesma música, ela diz: "E mesmo meu pai pensando que eu estou bem/Ele tentou me mandar pra reabilitação". Não conheço o pai de Amy Winehouse, mas tenho certeza de uma coisa, ele foi completa e absurdamente negligente com a morte da filha. Ela estava internada, pediu para sair e ele autorizou. Fala sério, parece até brincadeira. Como um pai vê a filha naquele estado e acha que ela está bem para abandonar a reabilitação? Ele não foi o motivo da morte da filha, mas talvez se ele a tivesse deixado internada, ela não teria morrido pela, suposta, overdose. Acho que nenhum pai deseja para seu filho uma morte como a de Amy. A dependência química, em todos os casos, esteja o paciente em recuperação ou não, é uma doença progressiva, incurável, mas tratável. Os adolescentes, assim como qualquer depedente químico, usa algum tipo de droga, legal ou ilegal, para fugir da realidade. Ele passará a viver "a sua realidade", ou seja, o mundo em que ele queria viver, sem os problemas que ele enfrenta no mundo real. O uso de substâncias químicas são mecanismos de ilusão, onde para esquecer os problemas, que na maioria dos casos dos jovens, a família é o principal motivo dos seus problemas. Para mim não exitem justificativas, toda pessoa que usa qualquer tipo de droga, para acabar com os problemas, é um covarde. Não aqueles que por exemplo, como disse anteriormente,  usam medicamento para emagrecer, esses realmente têm distúrbios psicológicos, e mais do que nunca precisam da atenção dos pais e da família. O problema é que os jovens, muitas vezes, usam drogas para não serem excluídos de uma roda de "amigos". Esses sim, são verdadeiros covardes, que fazem coisas, das quais não concordam apenas para participar de um "grupo de amigos". Pior do que em qualquer idade, o uso de drogas na adolescência prejudica muito mais, afinal ainda se tem uma vida inteira pela frente. O que quero dizer é que, não existem justificativas, mas independente de qualquer coisa, a família deve estar atenta e disposta a ajudar, o que nos dias de hoje nem sempre acontece, pois mesmo nessas situações, muitos pais ainda preferem dizer estarem ocupados demais, do que salvar a vida dos próprios filhos. "O que muitas pessoas não acreditam é que o drogado tem consciência do que faz, ele mata alguém sabendo que ele está matando alguém, a única diferença é o motivo, que na maioria das vezes não passa de uma ilusão", e acredite se quiser, isso são relatos de uma "ex-dependente química" que entrevistei num trabalho de escola. Dependentes químicos precisam de tratamento, precisam de acompanhamento para o resto da vida, precisam de apoio da família e dos amigos. Fique de olho aberto nas pessoas ao seu redor e alerte seus filhos e amigos!




quarta-feira, 27 de julho de 2011

"Tá Tudo Assim Tão Diferente..."

Você almoça e janta todos os dias com a sua família? Não digo você e seu irmão, digo TODOS juntos? Pois é, eu não faço isso todos os dias. Fiz uma pesquisa com alguns amigos e familiares sobre o tema, e esse é o resultado:
Você pode estar pensando que é loucura minha perguntar isso, mas vou explicar o por que da pergunta. Você já parou para pensar por que você nem sempre almoça com toda a sua família? Quando fiz essas perguntas para as pessoas, elas normalmente tinham as mesmas justificativas: falta de tempo, compromissos, trabalho, escola, natação, curso de inglês, etc. O fato é que almoçar ou jantar em família todos os dias, não é o maior problema. Diferentemente das décadas e séculos passados, onde as famílias costumavam fazer todas refeições juntos, e na maioria das famílias isso era obrigação, hoje, por conta de muitas mudanças sociais, como por exemplo a mulher no mercado de trabalho, isso não ocorre mais com tanta frequência. A verdade é que na maioria das famílias da atualidade não só no Brasil, mas em todo o mundo, um almoça no quarto, um na sala, outro na cozinha, na minha casa mesmo às vezes é assim. Mas por conta da correria e da praticidade que as pessoas foram adquirindo com o passar dos anos, a família foi ficando em "segundo plano". Parece que nossas prioridades mudaram, antes em primeiro lugar vinha a família e hoje vem o trabalho. Não que a família não tenha mais importância, pelo contrário, mas a ânsia de ter "tudo aquilo que se deseja ou quase tudo" fez que as pessoas trabalhassem mais e mais, fazendo horas e horas extras para dar para seus filhos o melhor possível. Nos dias de hoje com a família em "segundo plano", como disse, o trabalho virou prioridade para a maioria das pessoas, claro que tudo isso, pensando no melhor que poderia oferecer dentro de casa. Mas aí vem os problemas, com os pais fora de casa na maior parte do tempo, as crianças e os adolescentes entraram na famosa "Era Digital", o que não é bom, pois do mesmo jeito que a Internet facilita nossas vidas, ela nos prejudica. Acessível hoje à quase todas as pessoas, a Internet virou vilã em muitos casos familiares. Quantos casos de crianças e jovens fogem de casa para encontrar pessoas que conheceram na Internet? Mas aí já é outra conversa. A questão é que com os pais ausentes na vida dos filhos, eles vão falar com outras pessoas e muitas vezes acabam fazendo besteira. O maior problema hoje em dia é a falta de diálogo nas famílias, pais e filhos que nem se falam. Às vezes me parece que para muitas famílias, os pais e filhos perderam a importância, acho que pelos pais passarem o dia inteiro longe de casa e chegarem exaustos, muitos vezes não estão afim de conversa. Os pais pensam que muitas vezes os filhos não ligam, mas tem um momento que fica indiferente, e esse já é um estágio de preocupação, afinal se a sua família é indiferente para você algum problema existe, pode ser pessoal ou não. Pensam também que para compensar o tempo que não podem ficar com os filhos, dão tudo o que querem e isso é um problema maior ainda. Não é todo pai ou toda mãe que chega e senta para conversar com o filho. Acho que é muito necessário diálogo entre pais e filhos pelo motivo de que independente de qualquer coisa, mesmo com exageros, eles só querem o nosso bem, e se há diálogo, eles podem nos alertar e aconselhar com experiências próprias. Claro que os amigos também podem dar suas opiniões, mas acho essencial numa família que os pais se dêem bem com os filhos, os alertem dos perigos e que os ajude com o necessário. Acreditem, isso evita, muitos, futuros problemas. A situação das famílias atuais estão por um fio, sei que o trabalho é importante, afinal sem dinheiro ninguém vive e êxito pessoal é a melhor coisa que existe, mas temos que lembrar de que família é a nossa "primeira sociedade", se não nos relacionamos saudavelmente com a nossa família, dificilmente nos relacionaremos bem com o mundo. "Mesmo com tantos motivos/Pra deixar tudo como está/Nem desistir, nem tentar agora tanto faz/Estamos indo de volta pra casa" (Por Enquanto- Cássia Eller). Às vezes os motivos de tanto trabalho sejam bons, mas em excesso, causam problemas em família, e desistir de sua família por trabalho, na minha cabeça não faz sentido. Claro que deixar de trabalhar para ficar em casa em tempo integral também não, porque senão depois de 2 meses você surta, apenas temos que dosar para que não prejudique sua família.
E pra você? Qual é a importância que a sua família tem em sua vida? Pense bem nisso. Às vezes a resposta vem tarde demais, e aí, nem todo mundo aceita facilmente as mudanças que deveriam ser feitas.

Postagens populares