terça-feira, 12 de abril de 2011

"Motivo Maior"...

É incrível como nas piores horas vimos quem está realmente conosco. Ontem presenciei uma cena muito emocionante. Uma de minha melhores amigas, com problemas de saúde, está internada (e seu histórico é preocupante). Então resolvemos visitá-la, eu e mais 3 amigas. Essa amiga me ligou de manhã e me pediu um favor: "Dessa, traz ele aqui pra me ver!". "Ele" se refere aquele amigo de quem falei em um post... Aquele com quem tinha brigado, meu melhor amigo, lembraram? Pois é. E a minha surpresa foi que, sem hesitar, ele afirmou que iria conosco. Ele mostrou ontem, aquele amigo de sempre, preocupado e sensível  (por mais que ele negue). Na hora em que entramos no quarto, todos juntos, essa amiga internada, teve uma crise, ela começou a tremer muito, a visão ficou turva. Sua mãe preocupada, pediu para nos retirarmos do quarto, para que a médica a examinasse. Ver ela daquele jeito já nos abalou muito e o pedido de retirada do quarto foi ainda mais preocupante. Já quase chorando segui meus amigos e ficamos do lado de fora aguardando. Até então, todos estavam tensos, não só pela situação, mas pelo clima pesado que estava, já que ainda estávamos "de mal" dele. Quando a médica saiu do quarto entramos, ela já havia se acalmado, e então começamos a conversar, contar as novidades, a falta que ela faz na sala e como a sala ficou tristinha ao saber de seu problema. A sala estava dividida, éramos nós 4 (meninas), ele e uma outra amiga, que nem pareciam estar conosco. Assim que conseguimos ficar sozinhas com ele, minha amiga disse que não era mais hora de ficarmos "separados". Dissemos o quanto magoada ficamos, o que já o deixou com os olhos vermelhos (acho que ele percebeu a besteira que ele fez). Então ele foi até a cama e a abraçou. Eu começei a chorar e minhas amigas também. Como disse no começo, foi muito emocionante. Achei uma demostração de carinho e consideração ele ter ido, e depois de muito choro, risadas, pedidos de desculpas e desabafos, todos nos abraçamos, nos beijamos e ficamos "de bem". Enquanto conversávamos todos juntos, começei a analisar o grupo perante a situação, e percebi que nós, no fundo, nunca tínhamos nos separados, pois mesmo brigados, todos passaram por cima de seus orgulhos (que somados são do tamanho do quarto do hospital) por um "motivo maior". "A união de amigos, não tem preço!!"

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